Alguns dias eu sigo em frente. Noutros, eu engato a marcha ré. Dou voltas no quarteirão, mas não encontro a solução.
A rua parece sem saída. Poderia ter uma aventura a cada esquina. Mas eu não paro. Eu dobro na próxima e na seguinte, sucessivamente.
Eu busco por um sinal. Que me faça parar. Ou que me faça seguir. Eu procuro uma placa que indique a direção. Eu preciso encontrar uma saída.
O mesmo quarteirão. O motor ligado e não quero sair dali. Ou sou eu quem não quer se despedir desse sentimento brotado, nascido e criado aqui no meu peito?